sábado, 14 de dezembro de 2013

Família. Dever. Honra. Em honra a Casa Tully!

Fonte: http://images5.fanpop.com/image/photos/29900000/House-a-song-of-ice-and-fire-29966057-1920-1080.jpg
       Não é a toa que a casa Tully é uma de minhas preferidas (E sim, estou fascinado pela doce e triste história de sor George Martin). Mas suas palavras me deixam um estranho familiar recado. Família, dever, honra. São os dizeres da fictícia casa Westeroshi. Mas os senhores de Correrrio são imensamente sábios com essas palavras. Não tem nada haver com o que representa a casa, pelo menos não do que eu quero tratar. E sim as cruzes que ela revelam. As cruzes de todo homem que se diz correto.
       Comecemos de traz para frente. Honra. É a terceira importância. Um homem correto das antigas diria que todas são igualmente relevantes, mas estaria mentindo. A honra é sempre a terceira. Um homem correto tem nessa cruz a triste meta de cumprir sua palavra, promessa, seja o que for. É melhor ter um inimigo honrado do que um ambicioso, sem dúvida. E é ai que mora o perigo. Nos tornamos previsíveis quando somos honrados. E nos tempos de enormes contos de fada de hoje, ser previsível é a nossa possível sepultura, seja sepultura para qualquer coisa, como amor, dinheiro e por ai vai.
       Dever. Ultrapassa a honra, com certeza. O dever é o que nos prende pelas promessas ditas. E, quebrar um dever é ao mesmo tempo quebrar a honra. Esta sina é dolorosa. Homens de ferro se quebram sobre ela como isopor. O dever traz um peso severo ao corpo durante a vida. Seja um dever amargo, seja um dever, doce, não importa. No final, o que lhe faz dormir a noite é a boa sensação de dever cumprido. Mas o que amargura seu dia é o dever por cumprir.
       E por último, e mais importante, a família. Trair um familiar, ou pelo menos se fazer pensar assim, leva o homem de fé a beira da loucura. Quebrar a família é quebrar o dever de quando nascemos. E quebrar o dever, como já dito, é quebrar a honra. Mas além desse triste fato é que não é o pior. Pois quebrar a família é o mais fácil de todos, já que podemos não ser nós que a deixamos quebrar. Um zilhão de coisas podemo quebrar a família. Familiares, conhecidos, estranhos... Qualquer um que esteja disposto a fazê-lo o poderá fazer.
      Por que falo isso? É porque eu penso nessas coisas. Penso eu ser um homem correto, mas admito ter meus deslizes, sejam estes pequenos ou grandes. Ainda não quebrei nenhuma das três cruzes, apesar de me lembrar uma ou duas ocasiões que entalhei-as ou me entristeci por elas permanecerem intactas. Três palavras, três sinas. Três chaves para destrancar e desarmar um homem digno. E acredite, é tão fácil ultrapassar como é difícil encontrá-los nos dias de hoje.

sábado, 30 de novembro de 2013

Onde é o seu lugar(es)?


Fonte: http://cache02.stormap.sapo.pt/fotostore01/fotos//19/7a/93/14507_0000q0tb.jpg
      O seu? Qual é? Tem muitos ou são poucos? Ou é um só? Bem, tem muita gente que sabe, muita gente que sabe, muita gente que pensa que sabe e não sabe e muita gente que pensa que não sabe e sabe. Meu caso é simples: eu não sei. Sei de lugares que tenho certeza que não são meus, e outras que definitivamente nunca serão. E se por um lado é triste não ter um lugar, você não sente falta de determinado lugar. Porém, é engraçado como chegamos a essas conclusões.
       Já tive certos vislumbres de lugares em que eu possa pertencer. Mas foi estranho. Já frequentei certos tipos de lugares várias vezes e me senti desolado. Mas poucas vezes frequentei o mesmo tipo de lugar e me senti completamente no meu lugar. É difícil descrever, mas acho que me entenderam. Porém por certas pessoas eu sempre insisto em frequentar lugares que eu sei que não é meu lugar e, ao chegar lá, adivinha? Sim, não era meu lugar mesmo. É a famosa "solidão na multidão". Você não tem assuntos com ninguém, e parece que eles sentem o mesmo em relação a você. Sim, é cruel.
       Mas quando estive em lugares que me senti no meu lugar foram momentos simplesmente mágicos. Mas parece que o destino não deixará que eu saiba qual é meu lugar pois sempre que tenho uma meia ideia de qual é, ele desaparece como uma tempestade de areia. Então volto a vagar sozinho num mar de gente, avistando de longe lugares candidatos ou pessoas me puxando mais e mais pra solidão.
       Encontrar o seu lugar é uma tarefa diferente pra cada um. Bater o pé e falar que é aquele lugar que você pertence pode ser uma boa tática se todos se adaptarem a você. Mas não é todo mundo que tem este poder. E, para aqueles que não tem e tentam descobrir seu lugar, podem acabar o descobrindo ou virando um andarilho moderno.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Indireta - Pra você e para todos

Fonte: http://emoracao.holdingcesape.com.br/blog/
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       É incrível como o ser humano é capaz de enfrentar grandes medos e desafios e ficar se escondendo de outros menores. Mas muitas vezes pode ser que utilizar o artificio de se esconder primeiro pode levar a vitória. Mas ainda assim não entendo uma coisa: indiretas. Nunca intendi e acho que nunca vou entender, mas ninguém me proibi de pensar a respeito, não?
       Segundo o maior responsável pelos jumentos, indireta é  algo que é dito de forma mascarada, para que seja entendido "no ar". Isso é algo perigoso. Se você deixa algo solto, muitas vezes poderá arranjar várias opiniões. Pense bem: uma boa isca irá atrair muitos peixes. Essa parte é simples de entender, o que é difícil é o por que usar indiretas.
       Como não achei nada sobre a história das indiretas, penso em algumas teorias sobre sua origem. A primeira delas fica na idade medieval. As mulheres, sendo o símbolo da pureza e da educação eram o exemplo da moral e dos bons costumes. Sem poder expressar seus desejos, ou terminava seus dias agindo como a sociedade esperava ou seduzia seus pretendentes com indiretas, mas indiretas realmente difíceis de serem captadas.
        A segunda é um pouco menos "viajada". Pessoas, que consigo imaginar desde o surgimento do homem, sempre conviviam em grupos. Estes grupos tinham várias histórias em comum e muito pouco a esconder. Porém, quando se encontravam com outros grupos e tinham coisas a dizer, mas falar em claras poderia ofender as outras pessoas que não fossem do seu convívio, podendo gerar brigas desnecessárias. O que faziam então? Utilizavam indiretas! A comunicação se mantinha segura até certo ponto e ninguém saia ofendido.
       Mas hoje em dia é realmente necessário o uso de indiretas? Tem seu certo charme e, na dose certa, seu certo humor. Mas se é algo que eu nunca consigo captar, isso é. As únicas indiretas que consigo detectar são aquelas de convívio, nada além dessas. Espero que não haja muitos como eu, é difícil ser meio lerdo. '-'

domingo, 6 de outubro de 2013

Bipolaridade: Eu vs Eu

Fonte: http://static.hsw.com.br/
     Depressão, tristeza, alegria, azar, auto confiança, desespero, felicidade, tranquilidade... Hoje em dia lhe mandam viver tudo tão intensamente que, por mais forte que seja seu pensamento, estando certo ou errado, fica difícil não se afetar pela opinião alheia. Não ter um namorado pois o anterior não declarava seu amor eterno todos os dias, deixar o emprego pois você não ganha o tanto que acha, ou acham, que deve ganhar e até mesmo desistir da vida por que não tem um Iphone ò_ó.
      Mas isso são apenas fatos. Imagine agora conviver com isso constantemente? Dia-a-dia lutando com as emoções que mudam a todo instante, sem saber o que vai acontecer na próxima vez que piscar os olhos? Essa pode ser a realidade de pessoas que são portadoras do TBH, transtorno bipolar de humor. 
          Pra quem não sabe, o TBH trata-se da um transtorno em que o humor assume autonomia, deixando de responder adequadamente ao que seria esperado. A bipolaridade se manifesta com fases maníacas ou eufóricas, fases depressivas (apatia, tristeza) e fases mistas (agitação, irritabilidade e ansiedade) [Fonte: http://www.bipolaridade.com.br/].
        Posso estar maluco, mas, pra mim, essa "doença" é o que mostra o quanto o ser humano é imprevisível, fraco e esplendido, tudo ao mesmo tempo. Do mesmo modo em que tudo é um mar de rosas e se transforma no "rio Estige" (é o rio que corta o submundo grego), seu limão vira uma limonada. E o que mais me chama atenção nesta magnífica característica humana são as duas fazes. Imagine uma voz de locutor as dizendo enquanto você lê: "Fase de mania e a fase de depressão".
         Mania: pode ser caracterizada por vários aspectos, como auto-estima elevada, necessidade de sono diminuída, verborragia (cara, eu amo essa palavra), fuga de ideias, distraibilidade, inquietude e impulsividade. Depressão: estado deprimido, anedonia (interesse diminuído ou perda de prazer nas atividades de rotina), sensação de inutilidade, culpa excessiva, dificuldade de concentração (sim, nas duas fases a distração é uma característica), fadiga e distúrbio alimentar.
         E o toque especial, deixei para o fim. A característica mais comum para quem é portador dessa dádiva é a criatividade! Sim! YES! Enquanto a sociedade é capaz de atear fogo nos pobres transtornados apenas por serem transtornados, há um grande índice de criatividade nessas pessoas. Criar pra quem muda o tempo todo é algo natural. Pode ser que não venha algo muito bom agora, mas a única certeza de um bipolar é que essa fase vai mudar, de um jeito ou de outro!
          Não sei ao certo como é feito ao teste de bipolaridade, se é algo genético ou congênito e se há algum tratamento de sucesso. Mas, se a pessoa consegue se controlar a ponto de não fazer nenhuma loucura, seja no estado de mania ou de depressão, espero que ela continue sendo assim. A briga é intensa, nunca vai parar. Mas é isso que nos torna interessantes, tanto pra si mesmo quanto para os outros. E não a nada melhor do que ser louco, não? 

sábado, 31 de agosto de 2013

Chemical Wars - O começo do fim do mundo

Fonte: http://fenixdefogo.wordpress.com/tag/ragnarok/
       "A Organização das Nações Unidas confirma um número superior a 1.400 mortes na República da Síria causadas por um possível ataque de mísseis com componentes químicos tóxicos...". É, parece que o mundo dessa vez está começando a se tornar doentio, e tudo devido ao poder incontrolável da informação. O que parecia ser apenas teorias de conspiração começa a se tornar realidade. Finalmente, as Guerras Químicas começam a se manifestar em mais países.
       O que seria mais mortífero? Atacar um país em outro distante continente com tanques ou decidir uma Guerra Civil em uma ditadura com Gases tóxicos? Com certeza, a segundo opção já se mostrou mais eficaz, e cruel também. Mas não é uma ideia nova. Há vários casos na história que mostra o poder do cérebro humano em relação à química para minar seus adversários.
        O primeiro episódio que consigo me lembrar é a brilhante estratégia de Napoleão da "terra arrasada". O ato consistia em queimar todos os campos, alimentos e gados presentes em um terreno que o inimigo iria avançar. Mudando as características do solo e disseminando a contaminação por podridão dos animais mortos, as tropas rivais morreriam de fome e doenças que a pobre medicina moderna não conseguiria suprir. Não é a toa que o francês é o terceiro maior conquistador de todos os tempos, empatado com Hitler.
         O alemão do bigode também já mostrara suas garras. Ele é responsável pela criação de milhares de campos de concentração, que não servia apenas para trancafiar pobres judeus, mas também para testar a resistência humana, com banhos de ácido para cima. Mas, se essa perseguição tivesse sido destinada a outra religião, talvez Hitler conseguisse uma das mais poderosas armas criadas pelo homem.
          Um judeu, brilhante e perseguido pelo nazismo, também desenvolveu algo capaz de acabar com a vida através do poder das moléculas. Ninguém menos que Einstein desenvolveu toda a teoria da bomba atômica, que já causou mais mortes do que a primeira guerra mundial em dois ataques. Pelo menos este se sentiu culpado pelo fato, resolvendo acabar com qualquer ideia agressiva ao ser humano desde sua crise de consciência. Porém, o caos já fora disseminado.
        Qualquer PM hoje em dia, treinado para dispersar multidões, também está munido de armas químicas, porém mais brandas. O gás lacrimogênio não só causa efeitos nocivos ao ser humano, mas também pode levá-los ao óbito se inalado por um tempo acima de algumas horas. Sua função não é só repelir, mas também adestrar a população a não agir contra as autoridades governamentais.
         O exército está cheio de armas químicas das mais variadas. Vem desde a pólvora presente em cada disparo de um simples revolver, passando pelas bombas de gás, o uso de bombas de C4, famosas em jogos FPS, e vai até o uso dos famosos gases tóxicos sírios, responsável pela morte de milhares de crianças neste ano.
          Até mesmo as soluções "ambientais" de energia são culpadas. As usinas nucleares, responsável pela criação de energia sustentável e menos poluente tem um grande poder de destruição quando um pequeno acidente ocorre. O maior exemplo que temos é a cidade fantasma de Chernobyl, ainda cheia de prédios inabitados e com alto teor radioativo.
       Se o ser humano está tentando destruir o mundo onde vive, desde o mais remoto gás carbono lançado sem responsabilidade na atmosfera, desde a contaminação da água pelo inofensivo óleo de cozinha, até o uso de armas químicas para trabalhar contra o metabolismo do ser humano, está conseguindo em muito bem. Talvez chegue um dia em que alguém irá virar e se perguntar: "Onde foi que nós erramos?". E assim, a crise de consciência faça com que a raça humana pense duas vezes antes de acabar com o próprio lar.

sábado, 17 de agosto de 2013

Segredos: o erro de midas


       Segredo é sempre algo relativo. O que para uma pessoa é segredo pode ser apenas uma informação simples para outros. Mas o fato é: o segredo existe desde os dois primeiros homens das cavernas. Há dois problemas clássicos de se ter um segredo. O primeiro é obvio: certas medidas devem ser tomadas para que o segredo seja mantido em segredo '-'. E o segundo é a crescente vontade que o benevolente ser humano sente em partilhar segredos.
       O primeiro motivo é muito fácil de ser entendido. O significado de segredo é aquilo que é oculto. Manter aquilo que é oculto oculto muitas vezes faz com que agimos de forma diferente. Criar um mundo em volta da uma informação e torná-lo real é algo difícil. É necessário saber exatamente o que fazer o que vai acontecer para que ninguém descubra nada.
       O segundo motivo é submissivelmente delicioso. Pense assim: dinheiro não compra tudo. A afirmação procede. Mas tem algo que compra tudo. E este algo é o segredo com outro nome. A informação compra tudo, e duvido que você me fale algo que ela não pode comprar. Quem tem a informação correta, pode ir dos mais baixos proletários até os mais altos executivos. Dos mais desagradáveis seres até o mais nobre deles. A informação lhe fornece máscaras, que cabe ao portador saber usar.
       Midas cometeu o erro de contar os seus segredos a quem não tinha informação. E não me refiro a lenda da "mano di Mida", e sim a suas celebres orelhas de burro. Midas, ao afrontar o Deus Apolo, fora sentenciado a viver o resto de suas vidas com um vistoso par de orelhas de burro. O único que sabia era o seu cabeleireiro e não podia contar a ninguém. Sem saber o que fazer para segurar a vontade de contar, cavou um buraco na terra e gritou a frase "Mida ha le orecchie d'asino!" (Midas tem orelhas de burro!). Até ai estava tudo bem, mas o que o cabeleireiro não sabia era que, toda vez que um vento soprava neste buraco, a frase seria ouvida por todos que passassem por perto.
       Midas virou chacota, o pobre homem foi sentenciado a morte e a desinformação fora algoz da história. Então segredos podem facilitar a sua vida, ou simplesmente acabar com ela. No meu caso, gosto de ser informado pois é...divertido. =D

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Intimidade, algo que você não devia oferecer!



       As más línguas dirão que dar intimidade é coisa de pecadores libidinosos e malefícios da carne. Porém, não uso o termo Intimidade com esta finalidade. Intimidade é empregado aqui como resultante de convivência pacífica excessiva. Isso implica em o que? Bem, no meu caso, deboche, piadas ruins, conversas sobres assuntos nadavê e, como não sou nada humilde, um bom psicólogo.
       Mas intimidade, como a própria palavra já diz, é algo íntimo. Aqui, um dos significados dessa palavra é "que existe no âmago do nosso ser". E, como sabemos como é o magnífico ser humano, sair por aí mostrando o que temos no âmago é algo perigoso. Muitos casos dão certo, como casamentos, amizades, namoros, blá blá blá. E há muitos casos ruins também, como um exemplo extremo a morte nas mãos de um psicopata.
       Também há casos em que, mesmo reclamando da intimidade concedida, que é quase virgindade perdida, ou seja, não tem volta, mas mesmo assim adora fazer isso. E receber intimidade de uma pessoa também é algo a se considerar uma boa coisa, pois mostra o quanto a pessoa está feliz em lhe conhecer, mesmo podendo ser alguém que dá intimidade a rodo. 
       Sendo uma pessoa um pouco mais reservada, e amante das máscaras, não saio por ai distribuindo minha intimidade. E também nem a dou com facilidade. Convivo hoje com pessoas já a anos que não sabem nem um pouco o que se passa dentro dessa mente confusa e dissimulada. Mas, com certeza, tem pessoas escolhidas a dedos que entendem exatamente cada pensamento e sentimento que torna minhas vibes tranquilas ou agitadas. Inclusive, recentemente, a maior detentora deste meu bem precioso resolveu demarcar território. Quem sabe esse caso não da certo também? =D

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Máscaras!

       Se tem algo nessa vida que me deixa boquiaberto são as máscaras. São elas que dão aparência a histórias, peças e até mesmo aos mais diversos personagens. Mas o que as máscaras representam hoje em dia é uma das coisas que torna o ser humano medíocre muito mais belo. Muitos conseguem utilizar as máscaras apenas mostrando o rosto.


       As máscaras tem origens derivadas do teatro. Este por si surgiu em meio a sociedades primitivas que representavam danças e devotavam seus heróis e lendas. Os primeiros registros foram por volta do século IV a. C. onde as grandes festas ao deus grego Dionísio eram cheias de alegorias. As máscaras surgiram então para dar vida a personagens, lendas e folclores, por mais diversas que sejam.
       Veio então o mundo contemporâneo e as máscaras desempenham um papel discreto na sociedade. Ao longo dos anos, e muitos e muitos anos para o ser humano conseguir realizar este feito, este ser deplorável conseguiu desenvolver a habilidade que nenhum animal tem a covardia de desempenhar. O ser humano, hoje, consegue se passar por outra pessoa, incluindo das mais pequenas mentiras até os mais arquitetados planos de vida. Simular a infância, inventar um presente e almejar um futuro. Destino sórdido a estas lindas peças dos primórdios dos tempos.
       Muitos hoje utilizam máscaras parciais pois, graças a Deus, não tem competência o suficiente para paralelizar duas vidas em uma só mente. Porém, os arautos da enganação ainda circulam por aí. Particularmente, acho magnífico como o ser humano representa bem para fins benéficos ou, pelo menos, aqueles que não machuquem ninguém. Mas encontrar um "várias faces" por aí não é muito difícil, não é?

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

São Mateus? Quem?

       São Mateus. Um dos doze apóstolos de Jesus, segundo os mais antigos dos livros juntados em apenas uma grande coleção memorável: a bíblia. Mas, quem? Mateus, é claro! É dele que irei falar hoje. Sim sim, já floreei, já mencionei o assunto e estou apenas enrolando para falar. Por que? Simples: o ciúmes. Está tudo interligado no motivo que me levou a escrever esta matéria. E não pense que a escrevo com alegria. Não, sinto algo muito mais prazeroso do que isso, e maléfico também. Escrevo este texto pelo simples prazer do debochar. Então, aproveite, será uma das poucas vezes que verá este quem vos escreve retirar uma de suas inúmeras máscaras e se deleitar com seus pensamentos pessoais.


       Uma gracinha não? Pois bem. Está é uma das raras peças, quase escolhido a dedos pelo nosso senhor, que fora convertido a fé católica, inicialmente a fé cristã. Como muitos dos doze apóstolos, Saint Mathew, ou teteu, para os íntimos, era rico. Isso é um fato importante para ser levantado. Sim, caro leitor, os apóstolos eram em maioria ricos. "Mas Jesus amava a todos, independentemente de sua situação econômica e social! Por que escolher os ricos para segui-lo?!". E por que não? Só porque são ricos não podem ser escolhidos por Deus? Que preconceito é esse? Mas esse não é o foco.
       Apesar de parecer estranho, a história de Mateus é um clichê "santo". Todos os santos, antes de serem santos, eram pecadores. Após arrependimento e devotarem a Pai, Filho, e Espírito Santo, se tornaram santos. As histórias sim, são comoventes. Mas Mateus é um pouco menos heroico, digamos assim. Era um reles cobrador de impostos, cujo metade da Galileia odiava, e a outra também, por enriquecer tomando o dinheiro dos outros. Pobre Mateus! Ou não. Mas Jesus, em sua eterna misericórdia, o convida a ser uma pessoa melhor, lhe pedindo para largar sua vida de pecados e se converter a fé, prometendo-lhe o convívio dos eleitos.
       Depois da acensão do senhor aos Céus, nos enviando assim como Deus lhe enviou, Mateus passou a pregar o evangelho.  Com isso, veio a fama de pregador, que, naquela época, rendia-lhe apenas algum lugar para se abrigar onde fosse e comida simples, mas de qualidade. Mas veio mais do que isso, mesmo que ele não tenha desfrutado. Mateus se tornou um nome famoso e, hoje, mesmo em suas derivações nas mais diversas línguas, todos conhecem pelo menos um detentor do substantivo do santo ex-cobrador de impostos. 
       Essa matéria não é apenas para estraçalhar a curiosidade como a sede perto a um copo d'água. Não, essa matéria não é nem mais nem menos que isso. É diferente. A escrevo minando minha crescente maldade. E, se você que estiver lendo se sentir atingido pela audácia de minhas palavras e veneno em meus modos, estou sinceramente infeliz em dizer que meu objetivo fora atingido. Sim, este texto foi feito pensando em você.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Revoluções!

       Sinceramente, pensei que esta revolta devido ao aumento nas passagens de ônibus era uma boa causa, mas seria matar uma barata com um tiro de canhão. Não via o porque de criar tanto alvoroço pra isso, quando se tem tantas outras coisas para poder termos manifestações nas ruas. Mas ai, meu caro irmão André me disse a seguinte frase: "tem de começar de algum lugar, né?". Que brilhante frase! Foi então que me inspirou a escrever como uma pequena revolução pode mudar o mundo, ou, pelo menos, o nosso mundo.

       A revolução farroupilha (1835 - 1845) ocorreu no Rio Grande do Sul e teve como principal estopim a política econômica imperialista que afetava aquela região. Os farroupilhas (assim chamado pelo pano que usavam) estavam dispostos a lutar pela causa pecuária, pois mesmo se muito produziam, pouco recebiam por isso. Não queriam, a princípio, retirar o poder do imperador, mas essa revolta reverberou pelo Brasil inteiro, dando exemplo para outras revoltas como a Sabinada, a Balaiada e até mesmo a inconfidência mineira.



       Em 1961, o então eleito presidente Jânio Quadros renunciava antes mesmo de tomar sua posse em frente a república. E antes que o seu vice-presidente, João Goulart, assumisse a presidência, foi implementado no Brasil um regime parlamentarista. Jango, assim conhecido, lançara o plano trienal para salvar a economia, e após plebiscito em 1963, voltava a república presidencialista. E, em 64, o golpe militar. O curioso era que a campanha publicitaria apareceu em peso, dizendo que o Brasil não poderia virar um país socialista, até mesmo comunista. Os povos foram a rua e os militares assumiram o país.

      Mas nem tudo são flores. A revolta da chibata (1910) mobilizou mais de 2000 marinheiros que reivindicavam a extinção dos castigos físicos que aconteciam dentro da marinha. Porém, toda e qualquer forma de protesto era visto como ato de vadiagem e violência. Até que os marinheiros tomaram navios da marinha e viraram seus canhões para a baia de Guanabara, prometendo atirar contra terras brasileiras se os castigos não fossem extinguidos. O governo então aceitou, mas só após alguns ataques de João Cândido ao Palácio do Catete. E aqui a história se diverge, pois no mesmo dia em que foi expedido a anistia aos revoltosos, navios que não aderiram a revolta contra-atacaram os navios contra a chibata, causando mais de mil mortes e feridos. No fim, quatro dia depois, os castigos físicos foram abolidos. Mas um dia depois, os marinheiros da revolta foram expulsos.

       Se as revoltas existem é porque existem insatisfeitos. E se a revolta é grande é devido a existência de muitos insatisfeitos. Aqueles que se acomodam no poder, virando os olhos para o próprio bolso e não para aqueles que o elegeram esta fadado a ser o alvo de protestos, mesmo que estes demorem. E eles estão demorando até demais.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Tarot - Episódio: Vânia

       Seguindo os contos da série Tarot - Em busca do amor incerto. Seguindo agora, os episódios tem o nome das  mulheres que Pablo tenta se apaixonar para provar que a previsão de madame Emengarda está errada. Primeiro episódio aqui.

Vânia


       Depois do encontro desastroso que tivera com madame Emengarda, Pablo estava decidido a não fazer mais nada pelo resto do dia, pelo menos nada que o deixa-se com mais raiva. Então, voltara a fazer o que tinha começado a fazer naquele dia: ir para o trabalho.
       Pablo era programador de uma empresa de médio porte em New Castle, uma cidade inglesa. Não era lá grandes coisas, passava o dia inteiro sentado. Levantava-se apenas para tomar um café e para ir pra casa. Conhecia praticamente todo mundo do edifício, mas ser amigo deles era algo totalmente diferente. 
       Chegara, batera seu ponto e foi direto a sua mesa e ao bom e velho computador. O chamava de "bom" apenas para esquecer que o computador era mais lerdo do que um golfista na prancha de surf. Já cansara de fazer pedidos para que o trocassem, mas teria de ser o dele e mais duzentos computadores, então preferiam deixar como estava até estragar de vez. Enquanto isso, Pablo não tinha o que fazer, a não ser esperar.
       As palavras da cartomante enevoavam seus pensamentos. Ele tentava se distrair com outras coisas. Ouvia um pouco de música, tentava ler algum jornal ou revista velha. Até tentava conversar com alguém ao seu lado. Mas o único alguém era Vânia, que estava extremamente ocupada com seus programas e códigos.
       "Por três longos anos irá pelejar a procura do amor!". Essas palavras iam e voltavam em sua cabeça. "E só ira encontrá-lo no aniversário de três anos da tarologia em sua vida!". Estava tão distante, tentando esquecer essas palavras, que não notara que a tela de seu computador já pedia-lhe a senha para que pudesse acessá-lo. E por duas horas se esqueceu de seu dia incomum.
       As três da tarde, ele se levantara para esticar as pernas, comer alguma coisa e depois voltar ao trabalho. Desligando-se de suas tarefas por poucos segundos, começou a pensar novamente na tarôloga. "Para o inferno ela! Ela, o Lou e a vaca da Shirley!" Estava começando a se estressar com isso.
       Ao final do trabalho, ele apenas desligara seu equipamento e resolvera pegar o metrô para casa. Apesar de ser perto, e ter que andar mais para pegar o trem, não queria passar nem perto da casa da madame Emengarda. Pelo menos não por enquanto. 
       Saia do prédio, descia as escadas da estação e se sentava, esperando seu transporte chegar com uma multidão de pessoas. Era o final do expediente e todos aguardavam ansiosamente para chegar em casa. Até mesmo Pablo, que queria esquecer de vez este dia. Então o trem chegara e ele entrava. Mas era um dos último, tendo de ficar próximo a porta para que pudesse permanecer no metrô. Azar ou não, quando as portas se fechavam a frente dele, ele vira, sorrindo, madame Emengarda, em mais um de seus vários anúncios.
       Em um excesso de raiva, ele esmurrava a porta e chamava a atenção de todos. Não por ter danificado a porta, ou pelo barulho que ela fazia. Mas sim porque logo envolvia a mão a outra, choramingando pela dor que sentia. Parecia que tinha quebrado todos e mais alguns ossos da mão e do punho. Então encenava que tinha sido um acidente, deixando a todos risonhos ou até mesmo preocupados. 
       Já em casa, com a mão envolta a um saco de gelo, resolverá se sentar ao sofá e ligar a televisão. A sala de Pablo era um tanto modesta. Tinha 3 x 4 metros, com uma televisão em uma das paredes e o sofá encostado na parede oposta. Ainda havia um tapete, presente da mãe. Mais azar ainda, o dia seguinte seria o dia dos namorados. E, de cada 10 anúncios da TV, 11 eram sobre isso. Mais dor de cabeça.

- X -

      Dia seguinte tentava começar com o pé direito. Não dormira a noite pensando nas palavras da cartomante e em Shirley, dessa vez se lembrando do tempo em que demorara no banheiro do restaurante nos dia dos namorados do ano anterior. Se lembrara de um dos clientes entrar um pouco antes dela e sair um pouco depois. Estava com o humor azedo naquele dia.
        Já no trabalho, depois de contornar o quarteirão da casa da tarôloga para não correr o risco de ver ninguém de lá, estava decidido a tomar uma providência a respeito de sua situação. Batera o ponto, cumprimentava Vânia e se sentava, ligando seu computador-carroça novamente. Pensava então em uma solução.
       Beber até cair? Não... Ele não era de beber, muito menos até cair. Arrumar alguma prostituta por aí? Definitivamente não estava tão desesperado assim. Ir a uma festa? Ele estava tão animado que transformaria a balada em um triste velório. Quem sabe ajeitar aquele copo de café que estava na beirada da mesa?
       Café? Mesa? Ãh? No meio de seus pensamentos, devia ter colocado o café na beirada, mas já era tarde. Quando pensara em agir, metade do café estava no chão e a outra metade no vestido de sua companheira de trabalho. A sorte que o café não estava quente, mas mesmo assim teria de se ver com Vânia. E fora neste momento que reparara melhor na moça.
       Vânia devia ter aparentemente 22 anos. Tinha mais ou menos 1,70 de altura. Não era uma formosura, mas tinha sua beleza. Seus cabelos castanhos estavam divididos em duas tranças, e seus óculos de armação vermelho vinho deviam ter lentes de farois, pois nunca vira lentes tão grandes. Mas o que chamava a atenção dele era o sorriso dela. Apesar de estar nervosa pelo café derramado, era apenas por susto, pois entendia que tinha sido um acidente. Ela então se levantava e ia se limpar, enquanto Pablo rapidamente se levantava para chamar alguém para ajudar a limpar o chão.
       Enquanto limpava, e ao ver Vânia voltar, Pablo pensara que ela não era feia. O que será que ela fazia longe do trabalho? Onde morava? Será que tinha família? De repente, impulsionado pela praga da cartomante, Pablo estava decidido a convidá-la pra sair, ou outra coisa do gênero. Depois de terminar a limpeza, ele se sentava e estudava a melhor forma de fazer isso. O pior é que o pobre coitado não tinha nenhum jeito com as mulheres. Então, fazia o que tinha pensado em fazer de uma forma incomum.
       - É... Me desculpe de novo Vânia, não queria derramar café em você.
       - Não tem problema Pablo, essas coisas acontecem. - Ela dizia aquilo sem nem mesmo olhar para ele. Estava tão focada no trabalho que já tinha se esquecido do acidente.
       - Eu...eu estava pensando... poderia me desculpar com você lhe pagando uma cerveja, ou outra cosia se quiser. Não precisa ser hoje, pode ser depois, sei lá... quando tiver tem...
       - Legal, quando saímos vamos a um bar aqui perto. - Ela o atropelava e já aceitava sair com ele, apesar de Pablo não saber bem se ela tinha entendido o que ele tinha dito ou se ele mesmo tinha a entendido. Mas resolvera não fazer mais perguntas.
       No final do expediente, lá estavam os dois. Vânia guardava os grandes óculos e estavam os dois a caminho do bar. Ele percebia como os olhos dela eram lindos. Castanhos escuros, parecendo gotas de chocolate. Distraindo-se neles, acabara sendo pego quando ela olhou pra ele. Ambos ficaram envergonhados e não falaram nada pelo resto do caminho.
       Durante todo o "encontro", foram pouquíssimas palavras. Falaram um pouco de programação, beberam um pouco e depois apenas olhavam para os lados. Então, quando Pablo estava decidido a falar sobre algo mais intimo, uma sombra surgira as suas costas que tinha, pelo menos, metade do tamanho dele.
       Olhava pra trás e via um gigante de aproximadamente dois metros, sorrindo para ele. Não sabia o que tinha feito de errado agora, até Vânia levantar-se e abraçar aquele homem.
       - Pablo, este é Hans, meu noivo! Vamos nos casar daqui a quatro semanas!
       - Vou desencalhar meu amigo. Prazer, Hans!
      Neste momento, o brutamontes estendeu sua mão a Pablo. Ele só podia fazer o mesmo. E justamente a mão cujo esmurrara a porta do metrô foi a que ofereceu. Toda a dor que tinha sentido voltava novamente ao forte aperto de mão de Hans. Não teve como disfarçar, causando uma boa risada em Vânia e seu noivo.
       - Desculpe rapaz, parece que a Vânia vai se casar com um homem grosso. - Em seguida lhe dava um beijo.
       - Hum, seu besta. Sente-se conosco.
       Depois de cinco minutos de conversa, Pablo estava lá apenas segurando vela para os pombinhos. Tanto que nem percebera que ele se levantava e ia embora, deixando apenas algum dinheiro para pagar o dele e o de Vânia, como tinha prometido.
       Voltava pra casa e se sentava no sofá novamente. Assistia um pouco de TV e dava graças por ter menos anúncios do dia dos namorados naquele dia dos namorados. Então, levantava o saco de gelo que estava na mão duplamente machucada e o encarava.
       - Feliz dia dos namorados, saco de gelo idiota! - E esse fora um fracassado dia dos namorados para o pobre programador.

- FIM -

sábado, 8 de junho de 2013

Tarot - Contos sobre um divertido cético!

        Esses contos são de uma escritora britânica que ficarei feliz de postá-los aqui! Achei divertido a história, espero que gostem!



        Tarot - Em busca do amor incerto

        O relógio marcava 7:37 ao lado de Pablo, que ainda tirava um cochilo antes de ir pro trabalho. Os curtos cabelos negros estavam desgrenhados sobre o travesseiro. As cobertas no meio da manhã já tinham ido para o chão, deixando as costas largas a mostra. Usava uma calça de moletom e cueca, que estava um pouco amostra depois de rolar durante o sono. Agora já eram 7:40 e o relógio apitava mais alto que uma sirene de viatura. Com o susto, Pablo caia em cima das cobertas.
         -Será um longo dia... - repetia Pablo pra si mesmo.
         Ao se levantar, Pablo pensava na grande decepção que tivera com sua ex Shirley, ao encontrá-la com seus dois primos na cama dos pais dele. Era uma simples festa de bodas quando todos escutaram barulhos estranhos vindos do quarto. A última vez que vira a mulher estava correndo de costas apenas com metade de um babydoll. Os primos apenas sorriram e pediram desculpas, mas como tinham pelo menos o dobro do tamanho de Pablo e o triplo de músculos ao longo do corpo, o máximo que poderia fazer era chorar como uma criança.
          E para melhorar, era segunda-feira. Dia internacional da preguiça. Pisava em alguns lenços de papel usados na noite anterior, mas já se aprontava para sair para o trabalho. Colocava uma camisa social branca, uma calça social preta e um sapato preto. Arrumava os cabelos e colocava o crachá no bolso da camisa. Deixara tudo desarrumado no pequeno apartamento, logo a empregada chegaria pra arrumar.

        Passando pelas ruas, avistava um anúncio sobre um motel novo na cidade. "Deve arrumar uma quantidade absurda de idiotas" pensava ele. Nem acabara de sair de casa e já pensava na ex. A primeira vez que tinham ido ao motel tinha sido cômico. Ele dava um pequeno sorriso e uma lágrima escorria pelo rosto. Tentava pensar em outras coisas, mas não teve sucesso, pois o dia dos namorados estava próximo. 
         Cada anúncio que passava era uma lembrança que vinha a mente de Pablo. Até que um deles, pichado em muro, mostrava um que o deixara indignado: "Trago seu amor em três dias!". Uma tarôloga! Era só o que faltava! "Eu devia ir lá dar uma lição nessa charlatã! Isso sim!". E a cada segundo que pensava naquilo, juntava coragem para ir espancar qualquer um que falasse de amor.
             No próximo quarteirão vira o mesmo anuncio. E no próximo. E no próximo do próximo. "Essa velha deve estar por perto pra ter tanto anúncio assim!". Então, ao chegar a um quarteirão do trabalho, avistara algo que nunca tinha reparado antes. O letreiro dizia "CASA DA MADAME EMENGARDA: PREVISÃO DO FUTURO, TAROT E LEITURA DE MÃO". Era a chance que ele tinha para, pelo menos, rir da sua situação.
             Quando entrara na casa, perdia toda a coragem que tinha encontrado para bater na pobre senhora Emengarda que nada tinha a ver com sua triste história. Tinham dois gigantes na porta do escritório, cujo um deles era seu primo. Ao avistá-lo, ele abria um largo sorriso, e Pablo apenas fingia que não o conhecia.
              - O pablinho! A quanto tempo! Não o vejo desde as bodas dos padrinhos! Que festa em!
             - É... Que festa... - Parecia que o brutamontes não tinha a menor ideia do que tinha feito com ele, mas o quanto menos se falassem era melhor, então preferia não esticar o papo.
            Quando o segurança estava prestes a lhe dar um belo abraço de urso, como costumava fazer quando eram pequenos, surge uma senhora que parecia ser mais velha que a terra na porta do escritório. Pablo se aliviava.
              - Madame Emengarda ao seu dispor meu jovem! Desde que possa pagar pelos meus serviços, é claro...
                - Oh! Madame Emengarda! Que prazer finalmente conhece-la! - E Pablo se sentia um inútil por ter que disfarçar toda a raiva que sentia, se ajoelhando aos pés da cartomante e beijando o anel em seus dedos para que o segurança não lhe desse o abraço.
               - Vamos entrando, vamos entrando... - E logo ela já o puxava para sua sala, fechando a porta atrás dela.
                A sala tinha um incenso barato que se achava em qualquer feira livre hipster. As janelas eram cobertas por cortinas finas de várias cores, uma sobre as outras, parecendo mais um circo do que uma sala de cartomante. No teto, um lustre enorme, mas não era muito alto, pois o comodo tinha mais ou menos dois metros e meios. Mas Pablo pode contar pelo menos 10 lâmpadas acesas ali. A mesa era redonda e havia uma bola de cristal ao meio, como não poderia deixar de ser. Havia mais uma mesa encostada em uma das paredes com alguns objetos que a tarôloga usava. Ela então se sentava em uma cadeira que mais aprecia um trono e olhava atentamente para o novo cliente, gesticulando para se assentar.
                 - Então Pablo, pelo visto, deseja o amor em três dias, correto? - Ela soltava um pequeno sorriso por se lembrar da louca história que um dos seguranças comentaram a respeito de uma louca festa em família.
              Pablo ficara pasmo. Ela sabia o nome dele, mas como? Não contara pra ninguém desde que chegara ali e, de repente, tudo estava esclarecido. O primo dele deveria ter espalhado pra Deus e o mundo a história das bodas dos pais. Então sorria também, ficando mais seguro de si e debruçando sobre a mesa com a bola de cristal.
              - Bem madame Emengarda, não era bem o que eu queria, mas sim, desejo sim. Poderia me ajudar? Estou desesperado e não faz ideia o quanto. - Se a cartomante percebeu a ironia nas falas, não tinha manifestado. Então, prosseguira com a consulta.
                 - Tudo bem. Eu normalmente não vejo a sorte para trazer o amor, mas como é primo do grande Lou, acho que posso fazer esse agrado. - Então, com um rápido movimento das mãos, a bola de cristal sumiu em um compartimento da mesa, dando lugar a uma caxa que aparecia mais ao extremo da mesa. Madame Emengarda abria a caixa e revelava um baralho incomum, que Pablo deduzia ser o famoso tarot. Ela habilmente tomou o baralho, o embaralhou e o colocou em cima da mesa. No que se tratava de previsão do futuro, estava totalmente entendida do assunto. Estar entendida no assunto era ter lido dois ou três manuais de tarot e ter acertado algumas poucas vezes. Então, estendia o baralho pra ele. - Corte por favor, Pablo.
               Ele resolvera entrar na brincadeira, ou então teria de se ver com o "pequeno e dócil" Lou. Cortara ao baralho ao meio e, antes que pudesse elevar muito a mão, ela já puxava o baralho da mão dele.
              - É para não atrapalhar os espíritos.
              Então depositou o baralho ao lado do resto, puxando algumas cartas. Deixava três fileiras e três colunas, revelando primeiro a do meio. 
           Neste momento, toda a charlatanisse de madame Emengarda estremecia. Algo estava diferente. Poderia ser o vinho que estava bebendo a 15 minutos atrás, ou então um efeito colateral do incenso. A carta que viera era os amantes, e estava de cabeça pra baixo.
               - Meu rapaz, tem passado por decepções amorosas, ãh? Mas nada que o velho Lou não tenha nos... Vamos a próxima. - Quase que ela revela que já sabia da história de Pablo. Mas então voltava a revelar as cartas.
                Pablo também ficara pouco avontade. Todos conheciam sua história. Menos um baralho cheio de gravuras bonitinhas. Mas mesmo assim dava pouco crédito a madame Emengarda.
             A próxima que escolheria seria a carta de cima, mas algo fez seus instintos revelar a carta da esquerda. Aquela não era uma boa escolha, pensava a Tarôloga. Aquela seria uma das cartas menores, reveladas apenas para complemento das outras. Mas então, mais uma surpresa. Aquela era uma dos 22 arcanos maiores do tarot: O carro.
                 Estava de cabeça pra cima pelo menos. E tudo o que a cartomante pensara em falar naquele momento era substituído por palavras que ela nem pensara em falar para um pobre coitado daquele.
                  - Ah! Vejo aqui que não tens o que temer. Deve seguir em frente, independentemente do que disserem ou pensarem sobre você. O carro simboliza a perseverança, a volta por cima! Seja forte neste momento!
                 Era uma cartomante ou uma mãe? Ela ficava um tanto confusa sobre o que dissera, e nem pensara em falar coisas boas, pois nunca atrairia clientes falando daquela maneria. Todos gostavam de tragédias! E era assim que ganhava seu pão de cada dia.
                  Pablo murchava na cadeira. Se a primeira carta lhe dava uma ponta de esperança sobre seu futuro, aquela tinha o deixado completamente indiferente. Todos diziam aquilo, não era preciso pagar uma cartomante para falar. Então, em total falta de ordem neste momento, revelava a carta na diagonal da direita acima, outra dos 22 arcanos. As cartas maiores não apareciam com frequência assim. Pelo menos não do jeito que ela sempre embaralhava. Se perguntava se tinha feito tudo certo
               Eis a terceira carta: a roda da fortuna.
           Pelo menos estava de cabeça pra baixo, poderia falar mal dele.
           - Hum...você ainda vai passar por muitas provações e falta de sorte. Mas não se preocupe, "o carro" ainda vai fazer você se dar bem rapaz.
            O que madame Emengarda pensava tinha fundamento. Ao menor índice de falta de sorte, Pablo ja se mostrava mais interessado no seu futuro. Ainda não acreditava, mas tinha curiosidade para ver o que sairia dali. A cartomante então revelava a carta a direita: a justiça.
            Novamente seus pensamentos foram inundados de palavras e, quando dera conta, já tinha falado tudo o que pensava naquele momento.
              - Se tem problema com o que justou ou não, não se preocupe. A justiça será feita e Shirley também não escapara dela. - Shirley? Quem diabos era Shirley? Lou tinha espalhado a história e até mencionara Pablo. Mas a cartomante não tinha ideia de quem era Shirley.
             Só de pensar em Shirley, Pablo já ficava irritado novamente. Mas a ideia de que ela teria justiça era algo que lhe confortava. Até o permitia dar um pequeno sorriso.
             As próximas cartas que saíram eram todos arcanos menores. Ela então encenava como seria a vida dele a partir dali, deixando Pablo cada vez mais curioso sobre o ultimo arcano, cujo a tarôloga afirmava ser a revelação do futuro.
             Já tinha se passado meia hora, e então madame Emengarda colocava a mão sobre a carta maior. Ela sentia um calafrio, e então as luzes ficaram mais fracas. A sala se envolvera com incenso forte e parecia que o mundo tinha ficado escuro, a não ser pelas luzes fracas do lustre. Eis que a ultima carta, a carta da coluna do meio, em cima da primeira revelada, era virada: o sol.
              Tudo o que ela preparava para falar ia por água abaixo novamente. E uma voz, mais grave que a dela, falava em seu lugar:
               - Seu fim será feliz Pablo. Seu amor virá e vocês iram viver felizes debaixo da benção do sol. E ele não tarda a vir, são apenas poucos três... - Ela iria falar sobre três anos, mas isso iria deixar o rapaz arrasado pelo tempo de espera e o comum era três dias. Então, com se esforçando muito para conseguir falar o que queria falar, voltava a sua voz normal. - três dias...
               Pablo ficava irado. Três dias tinha dito ela. O que faria com que três dias fossem diferentes dos outros? Ele então se levantava e ameaçava partir pra cima dela. Mas se lembrava dos brutamontes do lado de fora e se conteve.
                - Passar bem, madame Emengarda! E espero que pare de mentir pra seus clientes ingênuos! - E pisando fundo, saiu da casa da cartomante antes que ela tivesse tempo de se recompor. Porém, os dois seguranças o barraram e o fizeram voltar pra sala. Neste momento, madame Emengarda encontrava-se de pé, olhando furiosa para ele.
           - Você acha que pode vir até madame Emengarda e a tratá-la como uma qualquer? Se não acredita, não tenho nada haver com isso, mas pague o que deve!
            - Eu nunca vou pagar alguém apenas por dizer uma dúzia de besteiras e depois dizer que vou encontrar o amor em três dias!
             - Então lhe rogo uma praga Pablo! Por três longos anos irá pelejar a procura do amor! E só ira encontra-lo no aniversario de três anos de tarologia em sua vida! Vá, e nunca mais ponha os pés nesta respeitável casa!
              E antes que pudesse retrucar, já estava sendo atirado na rua por Lou, que não sentia o minimo remorso por fazer aquilo, algo que fazia desde que eram crianças.
              Pablo voltava seu caminho para o trabalho, pensando no que madame Emengarda tinha dito. Seria verdade? Não...passado algum tempo iria esquecer Shirley e encontraria alguém. E não seria em tanto tempo assim. Ir aquela cartomante pelo menos o fez se sentir melhor, pensando nos pobres coitados que acreditavam nela e rindo da situação.

- FIM - 

Bem, ainda postarei dois ou três capítulos, mas apenas se fizer sucesso, se não é trabalho a toa u.u Mas leiam, é interessante!

quinta-feira, 6 de junho de 2013

É preciso amar, mas é preciso pensar também!


        Conversando e pensando sobre vários assuntos ao mesmo tempo, pois assim que é bom =D, me deparei com a seguinte questão: o que uma pessoa faz quando tem expectativa? E o que essa pessoa faz com as outra pessoas por causa dessa puta clássica expectativa? Planos de vida, ideais e bom senso, tudo vai por água abaixo quando falamos de expectativa.
        Segundo o pai dos burros, expectativa é condição de quem espera pela ocorrência de alguma coisa. E isso, sinceramente, é uma merda. Esperar por alguma coisa, ainda mais se tal coisa for o ser humano, que comete falhas e sabe se perdoar muito bem, é frustrante. Daí parto de uma ideia que tem me deixado pelo menos mais esperançoso com a humanidade: amar sem esperar.
        Isso me faz deixar de pensar em como seriam as cosias se tudo tivesse ocorrido do meu jeito, e tentar usar meu jeito para mudar as coisas. Se eu recebo ligações a noite de pessoas chorando que só falam comigo quando tem problemas, eu as escuto, eu falo o que penso a respeito, e sigo conversando com o pobre individuo que ta infeliz. Se fico indignado por fazer coisas para outros sem ter o devido reconhecimento, eu penso como é bom saber que podem contar comigo sem esperar nada em troca. Mas é difícil achar pessoas assim (já desiste de achar a humildade também, inclusive em mim =D). 
        Falar é bem fácil. Esperar é fácil. Pensar que isso e aquilo vai acontecer também é facílimo. Fazer acontecer é um pouco mais complicado. Aplaudir o que acontece sem ser aquilo que queremos é mais difícil ainda. Uma vez ouvi que: "toda boa intenção tem uma má intenção por trás". E é bem verdade. Quando se faz algo apenas por ajudar parece ser algo meio improdutivo. Pra mim não é. Eu gosto de ajudar as pessoas, sem abusos é claro.
           Taí, uma matéria sem pé nem cabeça que deu na telha de postar. Mas é justamente o que eu tava pensando hoje. Tentem ter menos expectativas. Vai ver como as coisas vão melhorar!

domingo, 26 de maio de 2013

Mulher x Homem, o mistério contra a igualdade




     Mulheres: "Não dá pra entender". Homens: "São todos iguais". Mitos que cercam a população, atormentam os jovens e divertem os mais velhos. Eu, homem com meus 21 anos de idade, sempre busquei entender o sexo oposto. Motivos óbvios: hormônios, religião, etc. Frustra-me a quantidade de vezes que tentei saber o que se passa numa mente feminina. E tudo aponta que nunca irei saber. Mentira, tudo caô.
       A verdade é que mulheres e homens são todos seres humanos. Todos dependem, pelo menos no Brasil, de renda, alimento, horas de sono, lazer. Mas homens culturalmente sempre tiveram mais privilégios na sociedade. Mas a mulher sempre foi vista como a beleza e símbolo de pureza. Mas o que deixa nós, jovens, apreensivos com esses mitos é que o sexo oposto parece ser totalmente diferente do que somos e pensamos.
         Porém, nada de ruim aqui. Eu acharia sinceramente um saco namorar com uma garota que pensasse exatamente como eu. Eu já sou confuso por natureza, e cabeça dura também. Duas pessoas assim não dariam certo. Mas como o foco não sou eu, imaginem: encontrar você mesmo. Você se entenderia? Pois bem. Sabemos muito bem o que queremos. Mas sabemos o que somos?
         Simplesmente, nosso cérebro tem um jeito de ver a pessoa alheia como confusa, sendo nós mesmos confusos por natureza. O problema de nós, jovens homens, é que colocamos a mulher em um pedestal de inalcançável, ou um obstáculo, ou um brinquedo, dependendo de sua consciência. Não podemos fazer isso, afinal, mulheres são humanos. Não como nós, mas são humanos.
        Já vi muitos amigos com medo de se relacionar com medo de decepção e negação. Mas se você não tem medo de fazer amigos, não devia ter medo delas, ou deles, vai saber. Já tive problemas assim, e não sei se ainda tenho, mas o melhor é pensar que somos todos humanos. Falhamos, pensamos, lutamos, acreditamos e morremos. É isso que fazemos, é a vida =D.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Somos tão jovens!

        Sem dúvida, meu post mais triste. O que faz um jovem de 19 anos se matar de trabalhar pra comprar um tênis? O que faz uma jovem de 17 anos (e cada vez mais jovens) parar de estudar para cuidar do filho? E, principalmente, o que nos faz pensar que a vida é tão importante para desperdiçarmos tanto tempo com trabalho e escola? É triste ver como a minha vida é tão bela e outros se preocupando com coisas pequenas.
        Sempre tive pai e mãe casados católicos apostólicos romanos. Era legal ver como eles sempre brigam, mas nunca separam. Minha relação com meus irmão sempre foi de conflitos e choque de ideias, mas eles sempre me protegem, me dão presentes e brincam, mostrando todo afeto que eles tem por mim. Mas a quantidade de intelectos que vejo por ai acreditando que a vida é puramente séria, ou extremamente desinteressante é realmente de entristecer.
        Faço muitas coisas em minha humilde vida. Gosto de alegrar as pessoas simplesmente por alegrar. As vezes me torno alvo de piadas apenas para ver as pessoas se soltando e sorrindo mais. Gosto de atingir a todos aqueles que precisam de um amigo, ou simplesmente ver que pode falar sem ser reprimido. O problema que é triste ver pessoas que simplesmente não conseguem ser felizes. Simplesmente não conseguem.
       Como não ser feliz? É simples. Uma mídia que empurra tudo quanto é tipo de produtos desnecessários, ver pessoas dormindo na rua e virar a cara, pessoas que pisam em você, ou te ensinam errado como ver a vida. Tudo isso acontece. Eu pensava que o mundo era feito de coisas belas. Mas nem tudo são flores. E não quero e nem devo virar a cara. Mas ver a quantidade pessoas que pensam assim torna a guerra apenas mais difícil.
        Se você pensa que é superior, ou simplesmente merece mais pelas mesmas condições ensina a quem é triste como você dorme a noite. Cultue o individual e verás o seu mundo feliz entristecer o resto. E não falo dos mais velhos que já passaram por guerras de ditaduras. Falo dos jovens que cresceram na geração do "sim", e pensam que podem fazer o que bem entendem. Acredite, somos jovens para sermos mesquinhos, somos jovens de mais para viver e somos jovens para colher o que plantamos.

sábado, 18 de maio de 2013

Infantilidade


        Todos pensam, ou quase todos, que infantilidade é algo ruim. É algo que não te faz progredir. Parcialmente concordável. É fato que pessoas que são muito infantis acabam se perdendo em pensamentos, atos e palavras. Mas esta é as características ruins da infantilidades, aquelas em que não conseguimos agir sozinhos ou tomar decisões sábias. Mas infantilidade é muito mais que isso.

         Qualquer um gosta de uma boa risada. Qualquer um gosta de brincadeiras. Por mais que seja traumatizado(a), homens e mulheres se divertem com cosias que poderia muito bem ser classificado com infantil. E um bom exemplo disso é uma matéria publicada esses dias: robo da nasa desenha Pênis "acidentalmente" no solo de marte. To mentindo não, ta aqui oh: Penis em marte! hahaha

           Devemos crucificá-los? Longe disso! Duvido que qualquer um ai nunca tenha feito uma brincadeira de piada interna na vida. E também não podemos julgar ninguém. Mas é fato: brincadeiras, mesmo como adultos, é constante. E mais, isso nos torna seres humanos. É algo para se conviver, e não combater.

           Lógico que tem lugar pra tudo. Mas se não formos pacientes, aceitar brincadeiras e participar delas, pra que viver? Pra que vida? Pra que amar? Pra que tudo? Bem, fica um videozinho ae pra todos lembrarmos que sempre seremos crianças. =D


sexta-feira, 17 de maio de 2013

Otimismo vs. pessimismo

         

     Copo cheio vs. copo vazio. Torrada cai pra cima vs. torrada cai pra baixo. Coisas como essa acontecem o tempo todo. Mas até onde deixamos que nosso humor e pensamentos sejam influenciados por essas duas entidades que adoram te ferrar ou ajudar?
    Pessoas tem pré-disposição a estas duas maneiras de enxergar a vida, pelo menos penso eu. Isso ai desde sua genética (DNA) até a sua criação, podendo relacionar cultura, história, educação e mais coisas que não me lembro. Porém é triste diferente quando encontramos pessoas extremamente otimistas ou pessimistas! Mas por que? Qual a culpa dessas pessoas por terem nascido, gente? Bem, vejamos:
     Seria realmente ruim ser totalmente otimista? Veja bem, nada iria fazer você deixar de querer ser feliz. Sua vida sempre teria coisas boas a se enxergar e você provavelmente viveria de bom humor e agradecendo a Deus (ou a outra entidade se não for cristão) pelas coisas que tem. Na verdade, seria péssimo. Você se subestimaria, além de poder não enxergar as coisas ruins que acontecem ao seu redor, mas fazem parte da vida. É certo que viveria em uma comunhão melhor com as pessoas de seu convívio mas como o ser humano não é full bondoso, iria começar a irritar.
       Seria realmente ruim ser totalmente pessimista? "Mas que ridículo perguntar isso poxa Ò_Ó." Sim, eu vejo alguns defeitos, como nada que fazer ira dar certo, o que as pessoas estão fazendo não vai dar certo, o que ta ruim pode piorar, o que pode piorar vai piorar e por assim vai essa mula empacada. Mas não é de todo ruim. Você nunca se arriscaria de maneira ingênua, estando calejado para o que possa acontecer de ruim. Não sofreria desilusões frequentemente como o otimista e jamé (ou pelo menos quase) seria passado pra trás. Mas também incomodaria que vive ao seu redor '-'.
      Como amor e ódio, salgado e doce, bonito e feio, otimismo e pessimismo é algo que não tem como viver na totalidade. Mas é bem provável que pendemos mais para um lado do que para o outro. O ser humano é mestre em ficar em cima do muro, aqui não seria diferente!
        Como primeira postagem, deem uma força para esse pequeno e insignificante blog. Quem sabe um dia ele tem, sei lá, três visitas? (pessimismozinho =D)